quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Como Walmar Andrade passou no concurso público do Senado Federal


Autor: Walmar Andrade é jornalista e idealizador do Mude.nu

Há cerca de dois meses, comecei a trabalhar no Senado Federal, depois de alguns meses estudando para aquele que foi considerado um dos maiores concursos da história. Para se ter uma ideia, a vaga para a qual concorri neste concurso público tinha nada menos que 1.200 candidatos por vaga.
Boa parte dessa alta concorrência deve-se ao fato de o Senado ser conhecido como uma excelente casa para se trabalhar, tanto pelos bons salários quanto por ser o local em que as principais leis do país são feitas e aprovadas. Soube que a ideia do Senado é realizar concurso público com uma maior constância, para repor o quadro de servidores perto de se aposentar.
Para se ter uma ideia, depois de passar muitos anos sem realizar concurso público, o Senado fez concurso em 2008 e 2012. Seguindo essa lógica, teremos novo concurso público do Senado em 2016. Ou seja, já é tempo de começar a estudar.
E para ajudar aqueles que estão na batalha por uma vaga por meio de concurso público, resolvi escrever neste post um adendo ao meu post anterior. Portanto, antes de prosseguir, assegure-se de ler Como passei em um concurso público, de primeira. Não voltarei aos pontos básicos, apenas falei dos aprimoramentos que fiz para este segundo desafio.
1. Antecipação ao edital do concurso público
Diferente do primeiro concurso público, para o qual estudei apenas quatro meses, dessa vez pude me preparar com antecipação.
Assim que cheguei a Brasília, em junho de 2011, fiquei sabendo do concurso público do Senado Federal e comecei a me preparar para o mesmo. No total, foram 10 meses de estudos praticamente ininterruptos, porém divididos em duas fases:
1.    Antes do edital do concurso público: Estudava cerca de duas a três horas por noite, após o trabalho, e a mesma quantidade no sábado e no domingo. Usava o sistema de rotação de matérias e me baseava no edital do concurso público do Senado de 2008.
2.    Após o edital do concurso público: Estudava de oito a dez horas por dia, mesmo trabalhando por 8 horas. Passei a fazer cursinho e intensifiquei o uso dos mapas mentais.
Adotando essa estratégia, consegui cobrir todo o edital do concurso público de 2008 antes mesmo de o edital ser publicado. E tive a grande surpresa de o edital publicado em 23 de dezembro de 2011 ser exatamente igual ao de 2008, que já era uma republicação do edital de 2001.
Para se ter ideia de como era exatamente igual, o edital de 2012 trazia no assunto Atualidades temas ocorridos há mais de dez anos (!), tais como:
·         A desvalorização de janeiro de 1999 e seus impactos sobre a produção, a renda e o balanço de pagamentos.
·         A crise de 1997 dos “tigres asiáticos” e demais países do leste asiático e seus reflexos na economia brasileira.
·         As crises da Rússia e da Argentina e seus reflexos na economia brasileira.
Esse foi apenas o primeiro dos problemas que a banca do concurso público, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), traria para os candidatos. Mais sobre isso adiante.
2. Repetição do que deu certo no concurso público anterior
Como em time que está ganhando não se mexe, repeti exatamente as mesmas estratégias que deram certo no primeiro concurso público, a saber:
·         Rotação de matérias
·         Toneladas de exercícios no Questões de Concursos (total de 9.820 questões respondidas só no site)
·         Log do tempo de estudo usando o aplicativo Eternity Time Log
·         Escutar leis e a Constituição em áudio ao dirigir ou executar outras atividades (lavar louça, fazer supermercado, lanchar etc.)
3. Estudar para concurso público enquanto trabalha
No concurso público anterior, eu tinha um trabalho que me permitia organizar meu próprio horário. Para o concurso público do Senado Federal, eu já era servidor público em Brasília, com carga horária de 8 horas e um intervalo de almoço de no mínimo uma hora.
Como havia passado no concurso público anterior há menos de um ano, eu não tinha direito a férias. Dessa forma, tive que arrumar um jeito de gerenciar o tempo para estudar para o concurso público enquanto trabalhava 8 horas por dia.
Eis as atitudes que tomei após a publicação do edital do concurso público:
·         Passei a dormir apenas 6 horas por noite, das 0h às 6h
·         Passei a estudar antes de ir ao trabalho, das 6h às 7h30
·         Troquei o almoço por um shake substituto de refeição para ganhar mais uma hora diária de estudo
·         Larguei todas as atividades paralelas (academia, blogs, seriados etc.)
·         Passei três meses sem ver família e noiva, pois não ia mais ao Recife (minha terra natal)
Uma vantagem que tive é que da minha casa para a agência onde trabalhava, em Brasília, o percurso durava apenas 8 minutos, sempre sem trânsito. Para quem não tem essa facilidade, não recomendo voltar para casa na hora do almoço, pois o tempo perdido no trânsito pode ser maior do que o tempo ganho de estudo para o concurso público.
4. Intensificação do uso dos mapas mentais para concurso público
Havia utilizado os mapas mentais no primeiro concurso público. Dessa vez, no entanto, foquei grande parte do meu estudo na produção e revisão dos mapas mentais. Foram mais de 100 mapas mentais desenhados para o concurso público do Senado.
Fiz isso porque grande parte da matéria a ser estudada tratava de processo legislativo e fluxos de regras regimentais. Esse é o tipo de estudo que fica muito melhor em forma de mapa mental (sobretudo fluxogramas) do que em anotações em caderno.
Fotografei todos os mapas mentais com o smartphone e sempre que podia (filas de supermercado, banheiro, espera para reuniões etc.) ia revisando os mapas, um a um.
5. Cursinho para concurso público
No primeiro concurso público, morava na Espanha e não tiver oportunidade de fazer cursinho. Mesmo que morasse no Recife, teria dúvidas se faria cursinho pelo fato de considerar uma grande perda de tempo com deslocamento, intervalo, espera pelo professor. Além disso, nem sempre os professores são de qualidade.
Dessa vez, no entanto, morava em Brasília e havia um consultor do Senado, profundo conhecedor do Regimento Interno da casa, oferecendo cursinho. Fui a uma aula gratuita inaugural e, para minha extrema sorte, ganhei uma bolsa integral sorteada pelo IGEPP.
Não me arrependi de ter ido às aulas, tanto que acertei 100% das questões relacionadas a Regimento Interno e processo legislativo no concurso público do Senado. Mas continuo com ressalvas quanto aos chamados concurseiros que passam boa parte do dia assistindo a aulas em vez de estar estudando sozinho.
6. O que deu certo e o que não deu
Como se pode imaginar, o ritmo de estudo após a publicação do edital do concurso público foi extremamente intenso. Na reta final, o desempenho começou a cair, até pelo fato de o ganho marginal com as revisões depois de tanto tempo ser muito pequeno.
Outro ponto importante é que eu fiz duas provas de concurso público no mesmo dia, uma pela manhã e outra pela tarde. Passei nas duas vagas, mas só a da manhã dentro do número de vagas (fui o 17º entre cerca de 30 mil candidatos). O meu desempenho à tarde, que era o cargo para o qual mais me interessava, caiu bastante. Tanto que só consegui concluir a redação nos últimos minutos da prova da tarde.
Um terceiro erro foi dar excesso de importância às matérias específicas e um pouco menos a português. Considero português a minha melhor matéria em concurso público, até pela minha formação como jornalista. Porém, a banca do concurso público do Senado (FGV) faz uma prova sui generis de português, cobrando conhecimentos gramaticais raros e até mesmo controversos. O que me faz ir ao último ponto deste post.
7. Problemas com a banca do concurso público
A FGV fez lambanças do início ao fim do concurso público do Senado Federal.
Para se ter uma ideia, a dispensa de licitação da banca foi publicada no Diário Oficial e na mesma edição já saiu o edital do concurso público. Ou seja, em teoria, a banca teve apenas um dia para preparar o edital. Talvez por isso tenha republicado o edital de 2008, que por sua vez já era uma republicação do edital de 2001. Não se deram ao trabalho nem de atualizar assuntos de atualidades.
Os problemas se sucederam a ponto de faltar cadernos de provas no dia do concurso público, o que causou anulação das provas para os cargos de analista legislativo nas áreas de informática legislativa-análise de sistemas, análise de suporte de sistemas e saúde e assistência social-enfermagem. Os candidatos que concorriam para esses cargos e tinham provas na sala só souberam da anulaçãodepois de passar a manhã (ou tarde) fazendo as provas.
Depois, a banca não liberou o PDF das provas do concurso público, impedindo quem não tinha os cadernos de entrar com recursos fundamentados contra os diversos problemas nas questões. Para piorar, houve anulação de pouquíssimas questões polêmicas, com respostas muitas vezes no mínimo estranhas:
·         A Questão deve ser anulada, e o seu gabarito mantido: “Após análise da argumentação do candidato, a Banca julga que procede. Na questão 41, faltou informar os nós. A questão deve ser anulada. Do exposto, a Banca entende que a questão deve ser mantida, bem como o gabarito.”
·         Questão que se referia a determinado parágrafo, porém o texto não estava dividido em parágrafos: “A diagramação da prova não é competência do professor idealizador das questões. Portanto, o recurso deve ter outro encaminhamento.”
·         Análise de um trecho sublinhado em uma questão que não tinha nada sublinhado: “A indicação de termo sublinhado não impede a solução da questão, uma vez que todo o período foi modificado.”
·         Questão que cobrava o nome de uma obscura banda canadense na prova de inglês: “De fato, “Default” é um nome de uma banda de Rock, bastante famosa no Canadá, na verdade:http://en.wikipedia.org/wiki/Default_(band). Dificilmente um candidato saberá disso. Mas trata-se de um concurso, algumas perguntas serão difíceis mesmo.”
Sou contra aqueles que ficam chorando contra as bancas de concurso público, já que na minha experiência anterior a banca Cespe não havia dado qualquer problema. De qualquer forma, fica como lição estudar, além do assunto do concurso público, o histórico da própria banca e o estilo na hora de formular questões, responder a recursos, corrigir redação etc.
Deixo o espaço dos comentários aberto para quem quiser tirar alguma dúvida sobre esse método de estudo para concurso público, bem como para aqueles que queiram relatar suas próprias experiências no estudo para concurso público.
Fonte: Blog.qconcursos.com

Galera, achei muito interessante as dicas do Walmar Andrade e resolvi compartilhar o depoimento dele feito no blog qconcursos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Aprovados Cargo Consultor Legislativo Concurso 2012

http://www.senado.gov.br/transparencia/rh/pdf/Concurso/Concurso_Aprovados_Consultores_2012.pdf

Fonte: Portal da Transparência

Aprovados Cargo Analista Legislativo Concurso 2012

http://www.senado.gov.br/transparencia/rh/pdf/Concurso/Concurso_Aprovados_Analistas_2012.pdf


Fonte: Portal da Transparência

Aprovados Cargo Técnico Legislativo Concurso 2012

http://www.senado.gov.br/transparencia/rh/pdf/Concurso/Concurso_Aprovados_Tecnicos_2012.pdf

Fonte: Portal da Transparência

Nomeações realizadas até o momento

http://www.senado.gov.br/transparencia/rh/pdf/secrh/Candidatos_Nomeados_Concurso_2012.pdf

Fonte: Portal da Transparência

A terceirização dos apadrinhadosNo Senado, parentes de servidores que trabalham em prestadoras de serviço na Casa têm nova tática para escapar das demissões. Enquanto uns mudam de empresa a cada término de contrato, outros ganham cargos comissionados

João Valadares
Amanda Almeida
Publicação: 26/08/2013 04:00

O fantasma da demissão, que assombra funcionários de empresas terceirizadas do Senado sempre que algum contrato chega ao fim, tem poupado parentes de servidores da Casa. Preservados, eles migram de uma contratada para a outra sem nenhum problema. O vínculo da G&P Gennari & Peartree Projetos e Sistemas, prestadora de serviços de informática, acabou e os empregados foram dispensados. Mas o sobrenome de alguns garantiu vaga na Connectcom, que desde junho a substitui.

O Correio analisou alguns casos e constatou que servidores efetivos do Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal (Prodasen) conseguiram segurar filhos e irmãos no emprego. Marcelo de Carvalho Lisboa, supervisor da Connectcom, por exemplo, é filho de Otavio de Morais Lisboa, analista legislativo do Serviço de Suporte à Infraestrutura e Estações de Trabalho.

As irmãs Selma Paula dos Santos Moniz e Fernanda Mary dos Santos Moniz, que conseguiram permanecer na nova prestadora, são filhas do chefe do Serviço de Relação com Mantenedores do Prodasen, Paulo Fernando Moniz. “Queria, e falei isso para elas, que elas fossem mandadas embora. Tenho certeza absoluta de que, com menos de um ano, elas tinham passado no concurso, pela formação que as duas têm”, disse Moniz.

Segundo o servidor, a contratação das filhas não teve a influência dele. “Todas elas são formadas, têm curso de inglês. Mas têm coisas na vida que você já não tem controle. Não tenho cargo de direção para fazer contratação”, argumentou.

Efetiva do gabinete do presidente do Senado, Rosângela Del Giudice Alcantara tem o irmão Alex Del Giudice Alcantara como supervisor na prestadora de serviço. A também supervisora da Connectcom Bianca Schietti Assumpção é filha de Rosemary Schietti Assumpção, servidora da Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do parlamento.

A Casa comunicou que “os funcionários admitidos por empresas de terceirização de mão de obra que mantêm contrato com o Senado Federal assinam declaração de inexistência de parentesco com senadores e servidores ocupantes de cargos ou funções comissionadas de direção”. A assessoria de comunicação afirmou que, “identificada a ocorrência de declaração falsa, o autor e a empresa estão sujeitos às penas da lei”.

O Senado assegurou que o contrato firmado com a Connectcom “prevê penalidades de grau 5 para o caso de tais contratações”. Os casos apontados pelo Correio estão sendo apurados pela Casa. “O Senado determinará à empresa de terceirização a demissão de todos os funcionários que prestaram informações falsas a respeito de relações de parentesco não permitidas com senadores e servidores”.

Cortes
Com o anúncio da presidência do Senado, no início do ano, de que reduziria gastos com terceirizados, houve um movimento para proteger apadrinhados. Antes mesmo de o contrato com a Servegel Apoio Administrativo e Suporte Operacional acabar, no fim deste mês, diretores do Senado começaram a manobrar para preservar aliados, contratando-os em cargos de confiança. Só na Secretaria de Recursos Humanos, ao menos seis pessoas deixaram a Servegel e foram admitidas como comissionadas da Casa, a exemplo de Kennya Rezende Barbosa e Sidineia Rodrigues da Silva. Procuradas, elas não quiseram falar sobre o assunto.

A Servegel é uma das maiores terceirizadas do Senado, com 512 funcionários. Em 2009, ficou famosa por casos de nepotismo cruzado. Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o favorecimento de parentes nos Três Poderes, o Senado demitiu vários funcionários, mas alguns foram readmitidos por terceirizadas, entre elas a Servegel. Mais tarde, com denúncias de parentes na empresa, a Casa editou a norma proibindo a contratação por essa via.

O Senado disse, por meio da assessoria de imprensa, que “novas práticas de gestão, aliadas à reforma administrativa que entrou em vigor em julho, resultaram na racionalização dos trabalhos e na menor necessidade de mão de obra” e que a Casa economizará R$ 44,8 milhões em dois anos com o fim do contrato com a Servegel. Sobre a nomeação de ex-terceirizados como comissionados, o Senado diz que “o fato de o nomeado ter trabalhado em empresa terceirizada pelo Senado não constitui impedimento para a nomeação, desde que observadas as vedações legais”.

Senadores aprovam ficha limpa para nomeação de comissionados

Projeto de resolução aprovado pelo Plenário determina que a nomeação para cargos comissionados nos gabinetes do Senado deverá atender critérios da Lei da Ficha Limpa. Para os concursados, a exigência foi aprovada pelos senadores em julho e aguarda agora a votação na Câmara dos Deputados.
Fonte: Portal da Transparência do Senado Federal

Sindilegis apoia Policiais Legislativos e defende concurso imediato para garantir segurança do Congresso

“Houve momentos em que apenas 10 heroicos policiais legislativos tentavam conter centenas de manifestantes”, diz Paixão. “A ausência de depredações, prisões ou violência revela que a Polícia Legislativa atuou de maneira exemplar, com equilíbrio e responsabilidade”, afirma.
O presidente do Sindilegis, no entanto, faz um alerta. “É público e notório que a Polícia Legislativa não possui condições de trabalho suficiente para fazer frente à onda de protestos que tomou conta do país e de Brasília. Diante dessa nova realidade, é preciso reforçar o efetivo, por meio de concurso público. Sem liberdade e sem segurança não existe democracia”.
No momento mais crítico da invasão, policiais e bombeiros, que exigiam a votação imediata da PEC 300, forçaram a entrada no Plenário da Câmara dos Deputados. Em contingente reduzido, com apenas 10 policiais legislativos, os membros da segurança da Câmara evitaram o confronto e impediram que os vidros da porta fossem quebrados e que pessoas se machucassem. “As mesmas pessoas que criticaram a atuação da Polícia Legislativa por ter permitido a invasão teriam igualmente criticado os agentes caso tivesse ocorrido depredação, prisão e violência”, afirma o presidente.
“Está muito claro que é necessário repensar a segurança do Congresso. Concurso público imediato é a solução mais rápida e eficaz para fazer frente a atual conjuntura”, acrescenta.
Fonte: Sindilegis

Para Pensar!!!


“Desejo que você
Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama”.
Augusto Cury